Violência

Morte de transexuais revolta comunidade LGBTQI+ de Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Nemer da Silva Rodrigues, a Mana, foi a segunda vítima de homicídio em 24 horas na cidade

Moradores da Cohab Tancredo Neves, na região oeste de Santa Maria e a comunidade  LGBTQ+ estão revoltados com a morte de Mana, 37 anos (foto ao lado), assassinada por volta das 22h deste sábado, nas imediações do Ginásio Oreco.

Segundo o delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o homicídio aconteceu ontem à noite nas imediações do Ginásio Oreco.

- A vítima, Nemer da Silva Rodrigues, 37 anos, foi ferida com diversos golpes de arma branca. Não há indício, por ora, de que seja travesti. 

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Até as 13h30min, a  Brigada Militar (BM) informou que não havia ocorrência registrada.

Marquita Quevedo, militante e fundadora da ONG Igualdade,diz que amigos e familiares de Mana estão indignados com a morte violenta:

- A Mana era conhecida por todos,  já concorreu a rainha do Carnaval e era muito querida na comunidade. Embora não tivesse retificação na documentação com nome feminino, era trans, se reconhecia mulher. Tudo isso nos revolta, junto desse discurso de ódio que só cresce. Não há respeito pela vida do outro. Infelizmente, viramos notícia por mais uma morte cruel. E é bom lembrar que agora transfobia é crime!

Integrante e ex-presidente da Associação de Moradores da Tancredo Neves, o servidor estadual  Celso Carvalho, 57 anos, também lastima a morte:

- Era rainha gay da Escola de Samba Trevo de Ouro e também em outro momento da Escola de Samba Imperatriz,sim sempre se portou ao convívio da comunidade. Deus a receba nos seus braços, com nossos sentimentos aos familiares.

Marquita também reiterou o conteúdo publicado na nota de luto referente a outra jovem transexual, Carolline Dias, assassinada na madrugada de sábado. A militante retoma:

- Vivemos em um país que o ódio, a violência contra população LGBTQI+ é disseminado diariamente por ações e discurso, no qual coloca o Brasil como o país que mais mata LGBTQI+, a cada 19h, e que a expectativa de vida das trans e travestis é de 36 anos de idade. A ONG Igualdade se coloca a disposição das autoridades e não irá se cansar até que o autor dos disparos esteja atrás das grandes.

Esse é o segundo assassinato a transexuais em menos de 24 horas em Santa Maria. Segundo o delegado Gabriel Zanella,  investigações preliminares não indicam, por ora, relação entre os casos. A forma de execução e o tipo de arma, de fogo e branca, respectivamente, utilizadas são diferentes nos dois homicídios.

*Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers e intersex (LGBTQI+)

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